terça-feira, 31 de maio de 2011

Biomecânica no Voleibol

O vôlei vem se tornando um dos esportes mais populares no país, e nossa seleção masculina está chamando mais atenção com a possível conquista do 10º título da Liga Mundial.

Como se pode deduzir, esse é um esporte que cobra muito do ombro dos atletas praticantes. Essa articulação possui muita mobilidade, logo, é muito instável e propensa a lesões.

Voleibol submete os ombros a um processo de desaceleração brusca, principalmente no saque e na cortada, ocasionando fadiga dos rotadores externos. Em jogadores de vôlei, esse complexo é muito solicitado, principalmente os músculos do manguito rotador, que atuam como estabilizadores dinâmicos da articulação, evitando luxações e subluxações.

As ações predominantes no voleibol são de força e potência.

As grandes amplitudes de movimento na abdução ou flexão do ombro e o contato da cabeça do úmero com a cavidade glenóide só são possíveis por causa dos movimentos artrocinemáticos: deslizamento, rolamento e rotação. Ao fazer a abdução, a cabeça do úmero faz um rolamento (se existisse só esse movimento ocorreria uma luxação) deslizamento para baixo, mantendo o contato com a cavidade glenóide, e a rotação lateral, necessária para livrar o acrômio do tubérculo maior.

No saque em suspensão, a flexão do ombro deve acontecer ao mesmo tempo em que a flexão de cotovelo ocorre, com isso o atleta realiza menos esforço, já que diminui o braço de resistência e aumenta o braço de força. Logo após, o ombro realiza adução, rotação interna e extensão.































 
Na hora de um ataque, onde há uma explosão de força dos rotadores internos, os rotadores externos realizam uma contração excêntrica para a desaceleração final do ataque, o que provoca um stress tênsil nos tendões do manguito rotador, que com o uso repetitivo acaba sendo acometido.






Os voleibolistas machucam os músculos rotadores do ombro com muita frequência, devido ao movimento repetitivo da rotação externa e interna do ombro, tanto no saque quanto na cortada, o que leva a contusões, caracterizada de overuse.



Como na sua maioria são lesões inflamatórias (tendinites), o tratamento é mais convencional. Usa-se principalmente massoterapia, Laser, ultrassom, cinesio e crioterapia - essa última também utilizada para a prevenção de lesões.























Equipe: Amanda Bittencourt, Diana Soares, Larissa Andrade



Referências


ANDRADE, R. P. DE., SILVA, E.S., VIEIRA, J,S. Avaliação da força dos rotadores externos e internos do ombro em atletas de voleibol. Disponível em www.rbo.org.br. Acesso em maio de 2011.
EJNISMAN B. Lesões músculo-esqueléticas no ombro do atleta: mecanismo de lesão, diagnóstico e retorno à prática esportiva. Rev Bras Ortop. Vol. 36, Nº 10 – Outubro, 2001
LUCENA, M.C.G. Incidência de lesões esportivas em atletas de voleibol profissional. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 15, Nº 152, Janeiro de 2011
MARQUES, N.K.J. Biomecânica aplicada a locomoção e o salto do voleibol. Disponível em www.efdeportes.com. Acesso em maio de 2011.
MARQUES, N.K.J. Principais lesões no atleta de voleibol. Disponível em www.efdeportes.com. Acesso em maio de 2011
PACHECO, A.S. Biomecânica da Articulação do Ombro. 2008
  



Entorse de Tornozelo

• Equipe:


Cesar Eufrásio
Iara Galeno
Yara Maia





A entorse de tornozelo é uma lesão comum que acontece muito na prática esportiva e ocorre, principalmente em esportes envolvidos em giro, drible e desaceleração brusca, exemplo: futebol, vôlei , dança basquete, tênis, enfim... o mecanismo ocorre com o pé prende ao solo, tornozelo em flexão, extensão e o corpo girado para a direita, ou esquerda. A lesão pode resultar tanto em fraturas acometendo, principalmente a fíbula e a base 5. O metatarso, lesões ligamentares e de tendões. 




A articulação do tornozelo, ou tíbio – tarsiana, é a articulação distal do membro inferior.  A função está associado à orientação do pé em relação aos eixos e ao solo, adaptação ao solo, sistema amortecedor, fornece elasticidade e flexibilidade ao tarso.

Dançarino ao ficar em ponta de pé ou quando vai dá um salto fica em uma posição de flexão do tornozelo, definido pelo movimento que aproxima o dorso do pé à face anterior da perna, podendo ser denominado por dorso flexão ou flexão plantar.
Ao fazer uma flexão plantar irá está exercitando os músculos anterior como: tibial anterior, extensor longo do hálux e o extensor longo dos dedos e são inervados pelo nervo fíbular profundo e a artéria tibial anterior responsável pelo suprimento sanguíneo desta região. A ação primaria realizar a extensão do tornozelo e controla a redução da flexão plantar do tornozelo excentricamente.
 Os músculos do compartimento posterior incluem os gastrocnêmios medial e lateral e o sóleo designados em um conjunto como o tríceps sural, alem do plantar longo, os gastrocnêmios e o sóleo.Os músculos do compartimento profundo são o flexor longo do hálux, o flexor longo dos dedos e o tibial posterior. Estes músculos também são inervados pelo nervo tibial e recebem suprimento sanguíneo da artéria tibial posterior. Cada músculo cruza a articulação do tornozelo e estão localizados posteriormente.

Durante a dança quando o individuo faz a flexão do tornozelo o maléolo externo irá se afastar do interno, logo em seguida ele irá subir, enquanto as fibras dos ligamentos tíbio-fibulares e da membrana interóssea têm a tendência a tornar-se horizontais, finalizando que o maléolo irá girar sobre si mesmo no sentido de rotação interna.
 Durante a extensão do tornozelo irá ocorrer uma aproximação do maléolo externo ao interno. Movimento vai ser ativo: contração do tibial posterior, cujas fibras se inserem nos dois ossos,fecha a pinça bimaleolar. Assim, a polia do astrágalo está bem fixa seja qual for o grau de flexão-extensão do tornozelo. Vai haver um descenso do maléolo externo com verticalização das fibras ligamentares e consequentemente uma ligeira rotação externa do maléolo externo.

As entorses costumam ocorrer quando o tornozelo roda para fora, fazendo com que a planta do pé fique virada para o outro pé (se inverta). Os ligamentos frouxos no tornozelo, os músculos fracos, as lesões dos nervos da perna.



No caso de uma entorse de tornozelo vai realizar uma eversão (compartimento lateral) e os músculos responsáveis são: fibulares longo, curto e terceiro.

O sintomas vai depender da gravidade da entorse e a classificação de entorse é baseada no exame clínico da área afetada e divide a lesão em três tipos:
*Grau I - ligamento preservado, processo álgico ligamentar e edema local. 
* Grau II - frouxidão ligamentar, dor intensa, edema difuso + hematoma. 
* Grau III - ruptura ligamentar parcial ou total, provável fratura por avulsão, dor intensa, instabilidade, edema difuso e hematoma. 





Tratamento:

Quando ocorre a entorse, aparecem logo os sinais da reação inflamatória como: dor, inchaço e perda da capacidade de suporte de peso. Devendo cuidar no tornozelo, elevando e colocando gelo no local afetado, permanecendo com o gelo em torno de 20min.
           
* Grau I - Crioterapia + compressão + elevação + fortalecimento muscular + propriocepção. 
            * Grau II - imobilização de 3 a 4 semanas. Após 20 dias faz-se: crioterapia + fortalecimento muscular + propriocepção. 
           * Grau III - cirúrgico.
 

Diagnóstico:

Suspeita de lesão ligamentar do tornozelo e de sua gravidade pelo quadro clínico, ou seja, grandes inchaços, hematomas extensos e incapacidade não podendo ser uma rupturas ligamentares graves, mas também em lesões como luxação(deslocamento) de tendões.





Referências:
Livro: A.I KAPANDJI (Fisiologia Articular - Membros inferiores )




O Segundo Esqueleto: A Fibrodisplasia Ossificante Progressiva alterando a Biomecânica natural do corpo

Antonia Jessyk Aguiar
Luciana Moura Pessoa
Victor Fernandes da Silva Bezerra



O QUE É?

A Fibrodisplasia Ossificante Progressiva (FOP) é uma doença genética rara autossômica dominante. É caracterizada pelo desenvolvimento de tecido ósseo em partes moles, tais como músculos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares, sendo por este motivo caracterizada em algumas literaturas como “Doença do segundo esqueleto”. Além da formação extra de osso, há a má formação de ossos que compõe o quadril e os dedos, sobre tudo os dedos dos membros inferiores que são mais alongados que o normal. Este crescimento ósseo começa a ser observado em seus portadores ainda durante a infância com progressão da doença durante a juventude. A ossificação do tecido conjuntivo causa perda de mobilidade limitando movimentos e em casos mais graves podem ser observadas perda da função auditiva, incapacidade para marcha além de insuficiência respiratória.

ENTENDENDO E IDENTIFICANDO A FOP

Para que se entenda de maneira mais clara o mecanismo de ação desta doença, é necessário que conheça o funcionamento normal e a composição natural do corpo humano.
Em pessoas saudáveis, não portadoras, há o crescimento natural do esqueleto, além da formação de músculos, tendões e ligamentos que se articulam possibilitando a realização de ampla gama de movimentos. Já em portadores da FOP, as alterações que caracterizam esses pacientes podem ser observadas desde o nascimento, pois há uma má formação dos dedos dos membros inferiores (esta alteração é congênita, podendo ser identificada por meio de exames radiológicos. Essa observação
pode levar ao diagnóstico precoce da doença). Além disso, há o  crescimento de osso em substituição aos tecidos moles, o que pode acontecer ou não em decorrência de trauma.
Neste ponto, um questionamento surge: Como um trauma pode provocar o crescimento ósseo anormal? Quando uma pessoa normal sofre alguma lesão, por exemplo em decorrência de um trauma mecânico, há na área afetada o rompimento de vasos, formação de edema, processos de reparação e por fim a reabilitação da estrutura sem maiores danos. No portador de FOP esse mecanismo é alterado e ao sofrer algum trauma (lesões musculares, iinjeções, procedimentos cirúrgicos), ao invés do processo natural de reparação de vasos, redução de edema e reabilitação de estrutura, há o crescimento de tecido ósseo no local da lesão com posterior perda de mobilidade. Infelizmente, a formação da estrutura óssea segundo esse mecanismo de pós-trauma não é regra. Se fosse este o caso, bastava que os portadores evitassem se machucar ou se submeter a procedimentos invasivos e desta forma nunca teriam lesões. Porém, a formação do tecido ósseo pode ser aleatória, sem precedentes. Apenas com um edema inicial doloroso, com posterior endurecimento do tecido e consequente formação do osso.

Após uma lesão, há a formação de edema
 


As células de defesa são recrutadas para o local e removem as células lesadas


Na FOP, além da remoção de células lesadas, há a remoção de células sadias
No lugar dessas células, há o nascimento de tecido ósseo






CONHECENDO AS ALTERAÇÕES PROVOCADAS PELA FOP SOB A LUZ DA BIOMECÂNICA
Já se sabe que a FOP causa a ossificação de partes moles com limitação crescente da mobilidade. Na maioria dos pacientes, essa ossificação ocorre inicialmente na musculatura próxima a coluna vertebral e nas articulações próximas que se relacionam como o complexo do ombro. A expansão da ossificação acontece geralmente na região axial, expandido das partes proximais para as distais.
Uma análise biomecânica destas alterações pode ser de grande valia para o entendimento da limitação global causada por essa doença.
A coluna vertebral pode ser divida em coluna cervical, com relativa mobilidade e lordose fisiológica, coluna dorsal, com pouca mobilidade e cifose fisiológica, coluna lombar, com grande mobilidade e lordose fisiológica e a sacroilíaca que é fixa devido o ligamento definitivo das vértebras e possui cifose fisilógica. Sabe-se que estruturada desta maneira, a coluna nos possibilita realizar movimentos de flexão (com aproximação das vértebras na região anterior e consequente afastamento na região posterior), inclinação (com movimentos vertebrais de aproximação e rotação), além de extensão ( onde há a aproximação dos processos espinhosos e afastamento da região anterior, com consequente tensionamento de ligamentos da região anterior). Em um paciente com FOP,  se há uma ossificação de toda as estruturas que envolvem essas vértebras, há de se compreender que essa gama de movimentos será feita com uma angulação diminuida ou mesmo será inexistente, basta notar que se é a contração muscular a grande responsável pela movimentação dos complexos articulares, a partir do momento em que essa contração é cessada, pela transformação do músculo em osso, todos os movimentos que aconteciam em decorrência dessa contração também serão limitados. Se tomarmos agora como exemplo o complexo do ombro é que observamos de forma mais assintuosa a manifestação da FOP. Sabemos que o complexo do ombro é formado pelas articulações gleno-umeral, escápulo-torácica, acrômio-clavicular e esterno clavicular, além de grande número de ligamentos, músculos e uma cápsula articular que envolve o ombro proporcionando a realização de muitos movimentos, tais como flexão, hiperextensão, adução e abdução, rotação interna e externa. O portador da FOP, terá os ligamentos e músculos ossificados, desta forma não poderão ser realizados os micromovimentos de rolamento, deslizamento e rotação porque embora as estruturas ósseas normais tais como úmero, escápula e clávicula estejam inalteradas, a cápsula articular está comprometida, não havendo espaço intra articular para esses pequenos movimentos. Desta forma, os macro movimentos consequentementes também estarão impedidos ou muito reduzidos. Seguindo esse raciocínio, podemos analisar todas as articulações presentes no corpo humano e entender que de uma maneira geral (embora cada articulação possua suas singularidades) a ossificação das partes moles, sobre tudo das cápsulas articulares, que reduzem o espaço para a movimentação dos ossos, e a ossificação dos músculos não ocorrendo a contração, e dessa forma não acontecendo o movimento, faz com que o paciente portador tenha uma limitação global progressiva. Nos estágios mais avançados da doença, o portador culmina para o uso de cadeira de rodas, já que a ossificação das partes moles irá impedir os movimentos de flexão de quadril, flexão de joelho, dorso-flexão e flexão plantar, ou seja, impossibilitando a realização do ciclo da marcha normal, além de insuficiência respiratória, pois sabe-se que durante a inspiração normal há a elevação das costelas pela contração dos músculos inter-costais, além da contração com depressão do diafragma, aumentando a cavidade torácica induzindo a entrada de ar. Se há uma alteração que comprometa a contração muscular, não acontecerá a expansão torácica não ocorrendo, desta forma, o ciclo respiratório correto. Na literatura, há relatos de um caso extremamente severo de ossificação, onde o paciente, já em situação terminal, só conseguia mover os lábios tamanho seu comprometimento articular.

REFERÊNCIAS
KAPANDJI, A.I. Fisiologia Articular: Esquemas comentados de mecânica humana. 5ª ed. São Paulo: Medicina Panamericana Editora do Brasil, 2000.
ARAUJO JUNIOR, Cyrillo Rodrigues de ; CARVALHO, T.N. ; COSTA, M.A.B. ; LOGO, L.V.; FONSECA, C.R.; TEIXEIRA, Kim-Ir-Sen Santos. Fibrodisplasia Ossificante Progressiva: Relato de Casos e Achados Radiográficos. Revista daRadiologia Brasileira, 38. Págs. 69-73. (2005)
CAMPOS, Diana Martins de; RENCK,D.V. ; BEBBER, F.E. ; MARQUETTO, I.B. ; BRUM, L.F. ; MENDES, L. Fibrodisplasia Ossificante Progressiva: Relato de Caso.  Revista da Radiologia Brasileira, 38. Págs. 393-395. (2005)
FIBRODISPLASIA OSSIFICANTE PROGRESSIVA. Revista Brasileira de Ortopedia (2003)

Fundamento biomecânico do predomínio da gonartrose no sexo feminino



Ana Valéria viana de andrade - 0921208/6
Olivia Cristina Vieira Couto de Alencar – 0821630
Rebeca Barbosa Barreto - 1010379






A articulação do joelho como qualquer movimenta-se através do deslizamento entre as superfícies cartilaginosas. 

A artrose é uma degenerescência articular de etiologia não inflamatória que pode afetar uma ou várias articulações, sendo caracterizada pela degeneração da cartilagem que facilita o movimento destas. A cartilagem articular perde a sua elasticidade, integridade e consistência, o que leva também á perda de parte ou totalidade da sua capacidade funcional. A artrose do joelho é denominada por gonartrose. A dor pode ser severa e a impotência funcional grande e progressiva. Encontram-se na maioria das pessoas acima dos 65 anos. Mais de 80% daqueles acima dos 75 anos são acometidos pela artrose, ou seja, a prevalência da doença aumenta com a idade. Mulheres têm aproximadamente o dobro de propensão em comparação com os homens. 

A estrutura mecânica do ortostatismo e da marcha humana assenta na posição vertical das tíbias. Os eixos de movimento das duas superfícies articulares tibiais, uma proximal para o fémur, outra distal para o tálus, são paralelos entre si e paralelos ao solo. As superfícies são, também, convenientemente perpendiculares à transmissão das cargas, constituindo assim uma coluna perfeita.
Se o ponto de aplicação das cargas for excêntrico, qualquer coluna é solicitada em flexão e pode ser destruída por fratura. Isso é importante para o caso das tíbias porque no tipo de marcha humana, quando apenas um pé e o outro avança o peso do corpo ficaria medial e excêntrico ao eixo da tíbia que apoia, solicitando-a fortemente em flexão, se não existissem importantes mecanismos de recentragem de carga.
Um desses mecanismos é dinâmico, obtido pela ação do músculo tensor da fáscia lata. Outro é anatômico.  Deriva da inclinação para dentro das diáfises femurais, que assim colocam os joelhos e tíbias o mais próximo possível do eixo das cargas geradas pelo peso do corpo. Na mulher, devido à maior largura da bacia (uma vantagem obstétrica), as diáfises femurais fazem um ângulo maior que no homem com a vertical (em média, 17º na mulher e 14º no homem). O ângulo que a diáfise do fémur tem de fazer desde a bacia até ao joelho é, por isso, tanto maior quanto mais larga for a pélvis.
O principal sintoma é a dor, que tende a ser progressiva. Acentua-se com a atividade física (degraus, subida e descida de escadas, esportes de contato e movimentos repetitivos) e é diretamente proporcional ao excesso de peso. Em seguida ocorre um derrame articular (joelho inchado), devido a membrana sinovial que reage na presença dos restos cartilaginosos produzindo um líquido viscoso e amarelado. Outro sintoma marcante é a perda progressiva do movimento. Nas gonartroses avançadas, a  deformidade do membro inferior é o terceiro sintoma. As deformidades podem ser em varo (joelho cambota) ou valgo ( joelho em “x”). Estes sintomas vão progressivamente impedir o doente ande normalmente. A utilização das bengalas pode tornar-se indispensável.  A rigidez articular pode ser o sintoma mais tardio.
A artrose pode ser prevenida através da adoção de hábitos saudáveis, tais como, vigiar o peso, fazer uma dieta variada e equilibrada, mudar de postura com frequência, tentando-se evitar aquelas que sobrecarregam as articulações. A prática de exercícios suaves, tais como, caminhar, nadar, pedalar e fazer ginástica a um ritmo moderado também contribuem para a prevenção desta.
 

 
Fonte de consultas:


A Biomecânica da Natação avaliada em: Atletas Olímpicos e Para- olímpicos.

Equipe:Wendel Lucena
            Annubia Maia
            Dara Correia

NADO CRAWL



Caracteriza por nadar sobre a água com uma ação alternada de membro superior, mas sempre subaquática, enquanto os membros inferiores realizam um movimento de tesoura.




DESCRIÇÃO DA TÉCNICA


O nadador deverá estar em decúbito ventral mantendo-se um bom alinhamento horizontal como lateral para uma melhor hidrodinâmica.

Um ciclo consiste numa braçada com o membro superior esquerdo e outra braçada com o membro superior direito e um número variável de pernadas.

A cabeça deverá estar em posição natural, com o tronco em extensão total. Favorece o nadador ao rolamento no eixo sagital, melhorando a propulsão com o quadril.

Para ter um bom entendimento da locomoção humana no meio aquático, é necessário conhecer que forças atuam no mesmo quando submerso na água.



AÇÃO DAS PERNAS



- Movimentos de flexão de quadril, onde os músculos envolvidos são PSOAS, ILÍACO, RETO FEMORAL, GRÁCIL, PECTÍNEO, SARTÓRIO.


- Movimento de extensão de joelho onde o músculo envolvido é o quadríceps

- Movimento de extensão de tornozelo onde o músculo envolvido é o tríceps sural.




Forças atuantes no nado Crawl em Atletas olimpicos e Para-olimpicos

Em um atleta paraolímpico de natação, os movimentos dos músculos do quadril, joelho e tornozelo não serão utilizados para dar velocidade e impulso durante o nado. Com isso o vetor de força que atuara no atleta será: o seu peso e a resistência da água será bem maior dificultando o seu desempenho durante o seu nado. Então para compensar os movimentos das pernas, o atleta necessita de um preparador físico para fortalecer a musculatura do ombro (manguito rotador) e assim evitar lesões futuras caso necessite de um esforço extremo para vencer uma competição.




Lesão causada por movimentos repetitivos do Manguito Rotador:

Em 2004, Busso descreveu em seu estudo que o Manguito Rotador (MR) é uma estrutura que possui um papel crucial durante o ciclo da categoria crawl, da seguinte maneira: o supraespinhoso realiza tração, roda externamente e abduz o ombro na recuperação; o infra-espinhal estabiliza a articulação no início da recuperação; o subescapular realiza tração, rotação interna nos estágios de propulsão, e adução do braço; e o redondo menor age como estabilizador em todas as etapas.

Observando as orientações do membro superior durante o nado crawl, atestaram que o maior pico de sobrecarga recai sobre o ombro no momento em que há elevação máxima do braço (para que o mesmo entre na água) e quando o ângulo de rotação interna ultrapassa seu limite normal de amplitude ativa, o que ocorre na fase de recuperação.

Apesar de a natação apresentar baixo risco traumático, seu próprio gesto esportivo pode contribuir para o aparecimento de lesões, principalmente se este não for orientado corretamente. Condições como trabalhar com o membro superior constantemente elevado, agregando padrões repetidos de rotações interna e externa somada ainda à resistência imposta pela água, predispõem o ombro a sofrer micro traumas por sobrecarga e desgaste articular.

O comprimento da braçada é influenciado pelas forças propulsivas (com sentido do deslocamento do nado) e resistentes (com sentido oposto ao do nado).

A força propulsiva tem algumas particularidades, pois no crawl a braçada é a maior fonte de propulsão de todos os estilos; na mariposa, as pernas e braços dão relativamente à mesma capacidade de propulsão; nos bruços as pernas geram mais forças propulsivas que os braços; em costas, como no crawl, os braços têm maior capacidade de gerar propulsão. Há duas formas de gerar este tipo de forças no nado que é a sustentação ou então pelas forças exercidas pelos braços dentro de água. As forças resistentes podem ser de três tipos: de onda, de superfície e de forma. Quanto à freqüência da braçada, a fase da recuperação tende a ser mais curta do que a fase de puxada à exceção do bruços, onde esta diferença é menor. Para modificar a duração das braçadas (frequência da braçada) o desportista pode modificar o gesto do movimento do seu braço, ajustar a amplitude dos movimentos ou então pode alterar a intensidade da força aplicada. Assim a relação frequência/comprimento da braçada tem de ser otimizada achando o seu valor ótimo para o rendimento máximo. Com esta conjectura podemos concluir que tanto pernas como braços têm três funções: propulsiva, de diminuição das forças resistentes e ambas.

Outro fator importante da natação é a “mecânica” dos fluidos porque todo o movimento nos desportos é influenciado pelo fluido em que ocorre, um nadador compete simultaneamente em dois meios fluidos diferentes (água e ar) e o seu movimento é influenciado pelos efeitos que cada um tem sobre as partes do seu corpo que se deslocam através dele. Uma pessoa que é capaz de flutuar com facilidade provavelmente aprenderá a nadar mais rapidamente do que uma que flutua somente com dificuldade ou simplesmente não o faz, um nadador campeão que flutua alto na água provavelmente encontrará menos resistência ao seu movimento para frente do que um que não consegue flutuar tão bem.


Por fim, para um programa de prevenção completo, fatores como duração, intensidade e freqüência dos treinos devem ser ponderadas para conter a “síndrome do supertreinamento”.



Fonte de consulta:

http://www.efdeportes.com/efd149/sindrome-do-impacto-em-nadadores.htm

http://www.ebah.com.br/content/ABAAABPrUAB/biomecanica-natacao-nado-crawl

 

As vantagens e desvantagens da prática desportiva em atletas calçados e descalços


Desde o inicio dos tempos o homem tem em sua adaptação fisiológica buscado melhorias ao que ele pode considerar como um desconforto natural, contudo devemos nos questionar: quais os verdadeiros benefícios na utilização de calçados quando de forma natural o ser humano em sua morfologia possui estruturação para suportar os impactos com o meio exterior? Não estaríamos cometendo um erro?

Analisando diversos artigos a respeito desse assunto ainda tão polêmico, encontramos opiniões que divergem em detalhes, os quais, muitas vezes não estão diretamente relacionados com o desenvolvimento de qualquer atividade, mas com os hábitos errôneos do nosso cotidiano, tais como: o descaso com o lixo que de forma arbitrária jogamos, ou permitimos ser jogado as ruas, a irresponsabilidade de nossos governos no que diz respeito as péssimas condições de pavimentação e infraestrutura de nossas vias de forma geral; a partir desses básicos cuidados podemos iniciar a discussão sobre correr descalço ou calçado já que algumas pessoas colocam em primeiro lugar as condições do meio como obstáculo ao desenvolvimento da prática de atividades físicas que vão desde uma simples corrida diária ou semanal, até disputas de maratonas sem o uso de qualquer calçado.
Analisemos os dois pontos em questão.

Quando da utilização de calçados pelo atleta as vantagens são as seguintes:

Proteção dos pés contra o meio, o qual muitas vezes poderá colocar o atleta em risco, ou exposição de fraturas, contusões e outros. Amortecer os impactos com o solo, possibilitando assim menor desgaste muscular e consequentemente ósseo, assim como diminuir a incidência de frouxidão ligamentar e ruptura de tendão quando essas problemáticas estiverem relacionadas com a biomecânica da marcha.

Quando da não utilização de calçados (barefoot) as vantagens são as seguintes:

Utilização de toda estrutura do pé, evitando dessa forma atrofia da fáscia plantar e musculatura correspondente. Evitar torções que sejam causadas pelo uso indevido de calçados, os quais estejam em desacordo com as necessidades do atleta. Evitar que apenas certas regiões do pé sejam acionadas no momento da marcha, pois segundo estudos no ato da marcha o impacto sofrido pelo calcâneo e o desgaste da Bursa do calcanhar é muito grande em atletas que utilizam calçados. Periostite do calcâneo, síndrome da espora do calcanhar, fascite plantar, tendinite de Aquiles, Bursite retro-calcaneal, fratura e stresse do calcanhar são muitas das moléstias que acometem os usuários de calçados da prática desportiva.



Fontes de consulta:

WWW.WGATE.COM.BR
WWW.DRASHIRLEYDECAMPOS.COM.BR