terça-feira, 31 de maio de 2011

Biomecânica no Voleibol

O vôlei vem se tornando um dos esportes mais populares no país, e nossa seleção masculina está chamando mais atenção com a possível conquista do 10º título da Liga Mundial.

Como se pode deduzir, esse é um esporte que cobra muito do ombro dos atletas praticantes. Essa articulação possui muita mobilidade, logo, é muito instável e propensa a lesões.

Voleibol submete os ombros a um processo de desaceleração brusca, principalmente no saque e na cortada, ocasionando fadiga dos rotadores externos. Em jogadores de vôlei, esse complexo é muito solicitado, principalmente os músculos do manguito rotador, que atuam como estabilizadores dinâmicos da articulação, evitando luxações e subluxações.

As ações predominantes no voleibol são de força e potência.

As grandes amplitudes de movimento na abdução ou flexão do ombro e o contato da cabeça do úmero com a cavidade glenóide só são possíveis por causa dos movimentos artrocinemáticos: deslizamento, rolamento e rotação. Ao fazer a abdução, a cabeça do úmero faz um rolamento (se existisse só esse movimento ocorreria uma luxação) deslizamento para baixo, mantendo o contato com a cavidade glenóide, e a rotação lateral, necessária para livrar o acrômio do tubérculo maior.

No saque em suspensão, a flexão do ombro deve acontecer ao mesmo tempo em que a flexão de cotovelo ocorre, com isso o atleta realiza menos esforço, já que diminui o braço de resistência e aumenta o braço de força. Logo após, o ombro realiza adução, rotação interna e extensão.































 
Na hora de um ataque, onde há uma explosão de força dos rotadores internos, os rotadores externos realizam uma contração excêntrica para a desaceleração final do ataque, o que provoca um stress tênsil nos tendões do manguito rotador, que com o uso repetitivo acaba sendo acometido.






Os voleibolistas machucam os músculos rotadores do ombro com muita frequência, devido ao movimento repetitivo da rotação externa e interna do ombro, tanto no saque quanto na cortada, o que leva a contusões, caracterizada de overuse.



Como na sua maioria são lesões inflamatórias (tendinites), o tratamento é mais convencional. Usa-se principalmente massoterapia, Laser, ultrassom, cinesio e crioterapia - essa última também utilizada para a prevenção de lesões.























Equipe: Amanda Bittencourt, Diana Soares, Larissa Andrade



Referências


ANDRADE, R. P. DE., SILVA, E.S., VIEIRA, J,S. Avaliação da força dos rotadores externos e internos do ombro em atletas de voleibol. Disponível em www.rbo.org.br. Acesso em maio de 2011.
EJNISMAN B. Lesões músculo-esqueléticas no ombro do atleta: mecanismo de lesão, diagnóstico e retorno à prática esportiva. Rev Bras Ortop. Vol. 36, Nº 10 – Outubro, 2001
LUCENA, M.C.G. Incidência de lesões esportivas em atletas de voleibol profissional. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 15, Nº 152, Janeiro de 2011
MARQUES, N.K.J. Biomecânica aplicada a locomoção e o salto do voleibol. Disponível em www.efdeportes.com. Acesso em maio de 2011.
MARQUES, N.K.J. Principais lesões no atleta de voleibol. Disponível em www.efdeportes.com. Acesso em maio de 2011
PACHECO, A.S. Biomecânica da Articulação do Ombro. 2008
  



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