terça-feira, 31 de maio de 2011

Fundamento biomecânico do predomínio da gonartrose no sexo feminino



Ana Valéria viana de andrade - 0921208/6
Olivia Cristina Vieira Couto de Alencar – 0821630
Rebeca Barbosa Barreto - 1010379






A articulação do joelho como qualquer movimenta-se através do deslizamento entre as superfícies cartilaginosas. 

A artrose é uma degenerescência articular de etiologia não inflamatória que pode afetar uma ou várias articulações, sendo caracterizada pela degeneração da cartilagem que facilita o movimento destas. A cartilagem articular perde a sua elasticidade, integridade e consistência, o que leva também á perda de parte ou totalidade da sua capacidade funcional. A artrose do joelho é denominada por gonartrose. A dor pode ser severa e a impotência funcional grande e progressiva. Encontram-se na maioria das pessoas acima dos 65 anos. Mais de 80% daqueles acima dos 75 anos são acometidos pela artrose, ou seja, a prevalência da doença aumenta com a idade. Mulheres têm aproximadamente o dobro de propensão em comparação com os homens. 

A estrutura mecânica do ortostatismo e da marcha humana assenta na posição vertical das tíbias. Os eixos de movimento das duas superfícies articulares tibiais, uma proximal para o fémur, outra distal para o tálus, são paralelos entre si e paralelos ao solo. As superfícies são, também, convenientemente perpendiculares à transmissão das cargas, constituindo assim uma coluna perfeita.
Se o ponto de aplicação das cargas for excêntrico, qualquer coluna é solicitada em flexão e pode ser destruída por fratura. Isso é importante para o caso das tíbias porque no tipo de marcha humana, quando apenas um pé e o outro avança o peso do corpo ficaria medial e excêntrico ao eixo da tíbia que apoia, solicitando-a fortemente em flexão, se não existissem importantes mecanismos de recentragem de carga.
Um desses mecanismos é dinâmico, obtido pela ação do músculo tensor da fáscia lata. Outro é anatômico.  Deriva da inclinação para dentro das diáfises femurais, que assim colocam os joelhos e tíbias o mais próximo possível do eixo das cargas geradas pelo peso do corpo. Na mulher, devido à maior largura da bacia (uma vantagem obstétrica), as diáfises femurais fazem um ângulo maior que no homem com a vertical (em média, 17º na mulher e 14º no homem). O ângulo que a diáfise do fémur tem de fazer desde a bacia até ao joelho é, por isso, tanto maior quanto mais larga for a pélvis.
O principal sintoma é a dor, que tende a ser progressiva. Acentua-se com a atividade física (degraus, subida e descida de escadas, esportes de contato e movimentos repetitivos) e é diretamente proporcional ao excesso de peso. Em seguida ocorre um derrame articular (joelho inchado), devido a membrana sinovial que reage na presença dos restos cartilaginosos produzindo um líquido viscoso e amarelado. Outro sintoma marcante é a perda progressiva do movimento. Nas gonartroses avançadas, a  deformidade do membro inferior é o terceiro sintoma. As deformidades podem ser em varo (joelho cambota) ou valgo ( joelho em “x”). Estes sintomas vão progressivamente impedir o doente ande normalmente. A utilização das bengalas pode tornar-se indispensável.  A rigidez articular pode ser o sintoma mais tardio.
A artrose pode ser prevenida através da adoção de hábitos saudáveis, tais como, vigiar o peso, fazer uma dieta variada e equilibrada, mudar de postura com frequência, tentando-se evitar aquelas que sobrecarregam as articulações. A prática de exercícios suaves, tais como, caminhar, nadar, pedalar e fazer ginástica a um ritmo moderado também contribuem para a prevenção desta.
 

 
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