quarta-feira, 1 de junho de 2011

A BIOMECÂNICA DOS ACIDENTES DE CARRO


Os acidentes de carro são um dos maiores causadores de morte, muitos dos acidentes ocorrem pela falta de proteção, e aqui vamos destacar alguns pontos que são de fundamental importância.


Acidentes Automobilísticos
O tipo e a gravidade das lesões por acidentes de carro dependem do tipo de colisão, as frontais podem causar lesões torácicas e abdominais e projetar o corpo do passageiro para fora do carro se ele não estiver usando o cinto de segurança, as colisões traseiras causam os mesmos efeitos da colisão frontal além do efeito chicote, e a colisão lateral podem ocorrer distensão cervical contralateral e fratura da coluna cervical por exemplo. Uma aplicação da biomecânica no acidente automobilístico são as leis de Newton, a inércia, que diz que um corpo em movimento tende a continuar em movimento, no caso do carro, o veiculo e os passageiros se movem juntos, na mesma velocidade, no acidente o carro sofre uma parada brusca, mas o corpo do passageiro tende a continuar em movimento na mesma velocidade em que estava, a lei da ação e reação é de mesma intensidade, mas de sentidos diferentes, a ação da batida reage projetando o corpo de diferentes formas, ou a ação da batida reage provocando diferentes formas de impacto sobre os carros.
Nas colisões frontais e traseiras, em que as pessoas no interior do veiculo estejam sem o cinto de segurança, seus corpos só iram parar ao encontrar um obstáculo, no caso do condutor, o volante, para o passageiro, os membros inferiores se chocam contra o painel e para as pessoas no banco de trás, o banco da frente serve como obstáculo.
O cinto diminui as consequências dos acidentes impedindo em casos de colisão que os corpos se choquem contra o volante, painel e pára-brisas (causando algum dano aos órgãos). Porém ele protege apenas o tórax, deixando o pescoço e os membros superiores e inferiores vulneráveis a lesões, podendo ser de dois tipos, de dois pontos, que prende o passageiro no quadril, o que não evita que ele se projete a coluna para frente, o de três pontos toca o ombro do passageiro, na parte hemiclavicular e desce em uma diagonal descendente até a crista ilíaca contralateral.


-Efeito Chicote
Uma das possíveis consequências dos acidentes automobilísticos é o efeito chicote, que é uma hiperextensão (ocorre uma aproximação excessiva dos processos espinhosos) do pescoço seguida de uma flexão (ocorre uma aproximação excessiva dos corpos vertebrais) brusca, o impacto pode lesões ósseas ou de tecido mole, lesões medulares e fraturas da coluna cervical. Esse efeito pode ser minimizado com o encosto de cabeça do banco, dependendo do tipo, ele pode reduzir o ângulo de extensão do pescoço na volta do movimento. A consciência de que o acidente irá acontecer pode ajudar a reduzir as lesões cervicais, pois a pessoa enrijece os músculos (como: esernocleidomastóideo, trapézio fibras superiores, escalenos, retos), o que ajudam a estabilizar a cabeça e o pescoço, reduzindo o impacto. As possíveis consequências do efeito chicote são: dor no pescoço, tensão muscular com limitação, dificuldade de engolir, tontura, dores no meio das costas e entre os ombros e dor em braços e pernas.
 


-Transporte de crianças
Nas crianças o acidente de carro pode ter consequências mais sérias, pois elas são mais frágeis, por isso para cada tamanho e peso da criança há um tipo especifico de cadeirinha. A criança menor de 10 kg deve ser transportada no bebê conforto, que deve ficar no banco traseiro, voltado para trás, de costas para os bancos da frente com o clip peitoral sobre o esterno. No caso de uma colisão frontal, a posição do bebe conforto protege a coluna cervical, fazendo com que o impacto seja distribuído por todo dorso da criança.
Crianças de 11 kg a 18 kg ou com 102 cm de altura já usam a cadeirinha, ao invés do bebê conforto, ela fica voltada para frente, com cintos de cinco pontos, dessa forma o impacto é distribuído sobre os ombros e o peito da criança, diminuindo o impacto sobre o tronco e o crânio.
As crianças entre quatro e doze anos devem ser transportadas no banco traseiro, de duas formas (usando o cinto de três pontos), com uma almofada para que fiquem mais altas e o cinto apóie a clavícula e o peito ao invés da coluna cervical, e que apóie os ossos pélvicos ao invés do abdome, também pode ser usada uma cadeirinha (de acordo com o tamanho e o peso da criança), para que a criança seja transportada com mais segurança.

 
Equipe: Brena Gonçalves, Denise Perdigão, Jamille Lopes e Nyara Braga.
REFERENCIAS


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